Se no primeiro dia do Adtech & Branding 2025 o foco esteve na combinação entre multicanalidade, criatividade e inteligência artificial, o segundo dia trouxe uma provocação essencial: não basta estar presente em vários canais ou integrar dados — é preciso contextualizar a mensagem para que ela seja relevante de verdade.

Os painéis mostraram que o futuro do marketing está em equilibrar tecnologia e sensibilidade humana para construir marcas sólidas e experiências que ressoam com o consumidor em cada ponto de contato.
Sem tempo? Confira um resumo rápido:
- No segundo dia do Adtech & Branding 2025, o foco foi a contextualização das mensagens: não basta estar em vários canais, é preciso ser relevante em cada interação.
- Painéis mostraram que o futuro do marketing está em equilibrar tecnologia e sensibilidade humana para construir marcas sólidas.
- A IA surge como aliada da criatividade, democratizando processos e economizando tempo, mas sem substituir o talento humano.
- Contextualizar campanhas em cada canal aumenta relevância e impacto, como destacaram especialistas do Google, Spotify e Amazon.
- A mensagem final do evento: o futuro do marketing não é apenas alcance, mas sim relevância consistente em cada ponto de contato.
Da performance à estratégia
O dia começou com um alerta de Bruno Affonso, do Google: alinhar KPIs à estratégia de negócio e transformar dados em ações práticas é o que diferencia campanhas táticas de estratégias consistentes. Nessa linha, Rebecca Botura (Diageo) destacou que awareness e conversão precisam conviver e se retroalimentar, para alcançar consumidores que ainda não converteram, mas já interagem com a marca.
Como reforçou Noemi Alcantara (Talent), já não existe uma receita única para gerar performance. O desafio agora é provocar novas formas de comunicar em cada canal, testando e aprendendo continuamente.
IA como aliada da criatividade
O impacto da inteligência artificial esteve presente em todas as discussões. Adriano Henriques (IAB) destacou que vivemos a fase de implementação da IA, e que ela democratiza a criatividade, mas que o grande diferencial continuará sendo a sensibilidade e o talento humano.
Léo Martins alertou para os riscos de entregar a narrativa de marca totalmente à tecnologia, lembrando que o valor das marcas precisa ser preservado. Para Laura Chiavone (Meta), o caminho está em criar sistemas que combinem o melhor da IA com o melhor da criatividade humana.
E, como resumiu Silvia Visani (Dentsu), o verdadeiro padrão invisível gerado pelo uso da IA é a recuperação de tempo, permitindo que profissionais foquem mais em ideias criativas e em melhorar a experiência dos clientes.
Contextualização como chave da relevância
Se a multicanalidade foi a palavra-chave do primeiro dia, o segundo mostrou que o diferencial está em como as marcas se adaptam ao contexto de cada canal.
Victor Marcello (Ole Interactive) destacou a importância de diferenciar alcance de relevância. Ajustar a mensagem ao contexto certo não só amplia a visibilidade, como também gera impacto real. Na mesma linha, Vince Carrari (Spotify) reforçou que entender o contexto do usuário melhora significativamente os resultados de mídia.
Essa visão conecta os aprendizados dos dois dias: multicanalidade integrada é importante, mas só se torna poderosa quando combinada à contextualização das mensagens.
O consumidor no centro
Carol Piber (Amazon) trouxe uma perspectiva prática ao lembrar que o ponto de partida das estratégias deve ser sempre a dor do cliente, e não a solução em si. Essa inversão de lógica garante que marcas construam não apenas campanhas, mas relações consistentes e duradouras.
Esse olhar para o consumidor se conecta com todas as discussões: seja no alinhamento de KPIs, na integração entre awareness e conversão, na contextualização de mensagens ou no equilíbrio entre IA e criatividade.
Conclusão e fechamento do evento
O Adtech & Branding 2025 terminou deixando uma mensagem clara: o futuro do marketing não está apenas em ampliar o alcance, mas em ser relevante a cada interação.
É a partir dessa relevância que as marcas conseguem transformar dados em experiências consistentes, equilibrando tecnologia e sensibilidade humana.